Vila Velha: sua história, sua gente

Linda por natureza. Assim é a cidade de Vila Velha – o mais antigo município do estado do Espírito Santo. Fundada com o nome de ‘Vila do Espírito Santo’ pelo português Vasco Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e que aqui aportou em 23 de Maio de 1535, foi sede da capitania até o ano de 1549, quando a capital foi transferida para Vitória e o município passou a ter o nome atual.

Nos últimos três anos, do período que compreende 1535 a 1912, de acordo com o historiador Dijairo Gonçalves Lima, três acontecimentos marcaram o início do desenvolvimento de Vila Velha: a inauguração da luz elétrica pública, em 1910; o funcionamento dos bondes, em 1912; e a instalação da água encanada, também em 1912.

“Com os bondes, vale assinalar que foi eliminado o transporte por mar que ligava em grande percurso Vila Velha a Vitória. Por outro lado, o funcionamento dos bondes resultou na expansão urbana, pois ao longo da linha e a partir do centro de Vila Velha até Paul surgiram aglomerados humanos e, com eles, os populosos bairros hoje existentes”, esclarece.

Com a grande maioria da população residente em área urbana, a cidade de Vila Velha possui uma população estimada em 398.068 habitantes (Censo 2007). O município mais populoso do Estado tem uma área de 209 km², distante apenas 5 km da capital Vitória. Seu litoral possui 32 quilômetros, sendo praticamente todo recortado de praias, as quais constituem importantes ícones turísticos e paisagísticos, como Praia da Costa, Itapoã e Praia de Itaparica.

Construções do século XVI e XVII, como o Convento da Penha e a Igreja do Rosário, dão um ar especial à arquitetura da cidade. Não se pode deixar de citar também o Forte de São Francisco Xavier e o Farol de Santa Luzia, do século XIX.

O Sítio Histórico da Prainha hoje é um complexo que agrega pontos históricos com novas construções levantadas sobre a região aterrada do município. Mas, há muitos anos, o local foi palco de inúmeras lutas na tarefa de catequese dos índios da região, exercida por José de Anchieta, que lá morreu em 1597.

É na Prainha que estão instalados o 38º Batalhão de Infantaria; a Escola de Aprendizes Marinheiros; o Forte Piratininga; o Museu Homero Massena; a Igreja Nossa Senhora do Rosário; o obelisco em homenagem a Vasco Fernandes Coutinho; a Praça da Bandeira; e o Museu Etnográfico conhecido como Casa da Memória, com documentos valiosos sobre a colonização do município, que podem ser visitados diariamente.

A Ponte Florentino Ávidos – conhecida como Cinco Pontes – construída na Alemanha e montada na década de 20, foi a primeira ligação entre a capital, Vitória, e Vila Velha. Sua construção proporcionou grande parte do crescimento da cidade.

A antiga Estação Pedro Nolasco abriga, hoje, uma velha Maria-Fumaça, um vagão de madeira, um trólei, um telégrafo, fotografias, documentos e outros objetos. Quando ainda estava em uso, a Estação foi referência de passageiros e cargas, junto com dezenas de outras cidades que surgiram ao longo da estrada de ferro.

Atualmente, a capital histórica do Espírito Santo, possui um mercado imobiliário forte, um consolidado pólo de confecção e cresce vertiginosamente no setor de comércio exterior, com seus terminais portuários. Cerca de 90% das mercadorias que são escoadas pelo Espírito Santo passam pela cidade.

Fonte: Prefeitura de Vila Velha